Paulo Limarque ficou em segundo lugar no 10º Concurso Brasileiro de Sommelier
Paulo Limarque foi o segundo lugar no concurso nacional de sommeliers – Hugo Limarque
RIO — Paulo Limarque trabalhava como bartender quando seus olhos se voltaram para os vinhos brancos, que ficavam guardados no bar. Para melhor conhecê-los, começou a estudar sobre eles e se impressionou com a quantidade de informação disponível. Não demorou e logo se viu totalmente mergulhado nesse inebriante universo. Dez anos se passaram, e o rapaz que fez dos vinhos (brancos e tintos) a sua profissão conquistou o segundo lugar no 10º Concurso Brasileiro de Sommerlier, promovido pela Associação Brasileira de Sommeliers (ABS).
— Fiquei muito feliz com o resultado. Quando o assunto é vinho, quanto mais estudo, mais vejo que nada sei, e o quanto tenho que aprender — diz ele, que concorreu com 40 candidatos de todo o país.
O resultado do concurso nacional levará Limarque para o Canadá, onde disputará o Concurso Pan-Americano, representando o Brasil, no dia 21. Durante a viagem, aproveitará para, é claro, visitar uma vinícola na província de Nova Escócia.
— Não poderia perder essa oportunidade — diz ele que, se ficar entre os primeiros, será classificado para o mundial, que acontece até o fim do ano.
Desde março, Limarque, de 37 anos, trabalha no restaurante Dona Désirée, recém-inaugurado no Leblon. Ele já passou por casas como o D’Amici, no Leme, e trabalhou com o sommelier Dionísio Chaves. Ele acredita que a bebida está se popularizando.
— As pessoas têm mais informação sobre os vinhos. Hoje, o sommelier é mais solicitado quando o cliente deseja fazer harmonizações — comenta Limarque, afirmando que o carioca, em especial, está mais aberto a experimentar novidades. — A prova disso é o sucesso das cervejas artesanais. Com o vinho foi a mesma coisa. Quase todos os restaurantes têm belas cartas de vinhos para oferecer atualmente.
Limarque lembra que o vinho branco — aquele mesmo que motivou seu mergulho neste universo — foi colocado em segundo plano por muito tempo, mesmo em uma cidade quente como o Rio. Hoje é uma pedida comum.
— É uma bebida que dá para apreciar de forma mais simples, a qualquer hora e sem que esteja ligada a uma comemoração, como acontecia antes. Estamos no caminho certo. O vinho acompanha a refeição muito bem, alegra e aproxima as pessoas — finaliza Limarque.
Fonte: O Globo