Especial Piemonte – Itália / ENOVÍRTUA

Especial Piemonte – Itália / ENOVÍRTUA

 

 

Piemonte é uma região situada ao norte da Itália com 4,3 milhões de habitantes. Sua capital é Torino e faz fronteira a oeste com a França, a noroeste com o Vald’Aosta, ao norte com a Suíça, a leste com a Lombardia, a sudeste com Emilia-Romagna, e ao sul com a Ligúria.
Piemonte é composta pelas seguintes províncias: Alessandria, Asti, Cuneo, Novara, Torino, Verbano-Cusio-Ossola e Vercelli.

 

O nome Piemonte significa “pé do monte” devido sua localização aos pés dos Alpes. É uma das regiões mais ricas e desenvolvidas da Itália e suas tradições estão intimamente ligadas à história do vinho.

 

Muitos vinhos conhecidos mundialmente recebem o nome de subregiões ou micro-regiões piemontesas como: Barolo, Asti, Langhe, Barbaresco, Alba e Gavi.

 

As principais uvas cultivadas em Piemonte são Nebbiolo, Barbera, Dolcetto, Bonarda que fornecem excelentes vinhos tintos; enquanto que Moscato, Ameis e Cortes nos dão ótimos vinhos brancos. Vamos conhecer um pouco de cada uma delas?

 

Barbera

A Barbera é seguramente a tinta mais plantada do Piemonte. Ao contrário da Nebbiolo, produz vinhos com menos teor de tanino, mas acidez ainda elevada. Como é muito produtiva temos que ter cuidado com o produtor para não comprarmos um vinho mais simples vendido como joia. Em geral são vendidos jovens sem muitos cuidados para o envelhecimento. Os bons Barbera nos trazem um vinho de médio corpo, acidez marcante (ideais para a gastronomia) e aromas puxando ao cereja e morango, sem maiores complexidades. Ótimos para acompanhar uma boa pizza. Quando produzidos para o envelhecimento as videiras sofrem poda verde, isto é diminui-se o número de cachos por braço para o rendimento menor, bem como a densidade dos vinhedos é menor.

Bonarda

A Bonarda. Sim, ela mesma! Aquela uva que é a mais plantada na Argentina (mais do que a Malbec). Hoje é uma casta muito pouco plantada no Piemonte. Produz vinhos mais simples, geralmente utilizados para outras produções vínicas.

Dolcetto

Dolcetto, uma das mais preferidas do Piemonte, principalmente pelo preço dos vinhos, mais baratos, mas não perdendo qualidade. Tradução literal docinho, mas não se trata de uma uva que produz tintos doces, muito pelo contrário os vinhos têm um leve amargor ao final. Em geral, são vinhos leves e de médio corpo ideais para serem apreciados jovens. Dois ou três anos depois de engarrafados. O mesmo cuidado que se tomou com a Barbera em relação ao importador e produtor aqui também vale. Os bons exemplares são inebriantes com pizza e massas de molhos leves e vermelhos.

Arneis

Arneis. Plantada nos arredores de Alba produz um vinho leve e aromático.

Moscato

Moscato, sim a mesma que nós temos na Serra Gaúcha e utilizada nos espumantes moscatel. Aqui plantada nos arredores de Asti serve de base para o famoso espumante da região o Moscato D’Asti. Também chamada de Muscat-Blanc é plantada em toda a Itália, mas no Piemonte serve de base para o conhecido Moscato d’Asti.

 

Nebbiolo

O vinhedo de Nebbiolo, como este da foto, representa o que o Piemonte tem de melhor em termos de uva.
O nome vem de Nebbia, neblina porque do nada a região é tomada por uma névoa. Quando jovem os vinhos são muito ácidos, tânicos e de médio corpo. Quando desenvolvem a maturidade, algo como 8 a 10 anos de barrica e descanso nas garrafas o vinho transforma-se. De vinho simples torna-se um dos melhores que já provei. De cor vermelho escuro com bordas tijoladas. Aromas de especiarias, ameixa, cereja e tostado da madeira na qual estagiou. Um espetáculo.

 

Cortese

Cortese, outra casta branca do Piemonte, plantada na região de Gavi, nordeste do Piemonte. Produz um vinho mineral, ácido e aromático, bem ao estilo que eu gosto.

Como já dissemos antes, é impossível separar esta rica região italiana da história do próprio vinho, uma vez que Piemonte possui uma longa jornada com a evolução do vinho, além de contar uma série de museus que nos relatam a história desta preciosa bebida dedicada aos deuses e às finezas da culinária regional e universal. Conheça alguns deles:

1. Museo Bersano di Contadinere e Stampe Antiche sul Vino;
2. Museo Bocchino e Cantine Contratto;
3. Francesco Cinzano & Cia;
4. Casa Dell’Asti;
5. Museo Ratti dei Vini di Alba;
6. Museo dell’Enoteca Regionale Piemontese;
7. Museo Enologico;
8. Museo Arti e Mestiere d’un Tempo;
9. Museo Martini di Storia Dell’Enologia;
10. Raccolta di Contadinerie.

Fonte: http://www.piemondo.it/vini-e-liquori/328-i-musei-del-vino-in-piemonte.html

Para entendermos melhor esse espírito vinícola piemontês, vamos mergulhar no túnel do tempo e buscar rapidamente suas raízes históricas:

 

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