É indissociável a ligação do rio Douro às suas quintas, ao vinho e à história em torno destas duas realidades. Este verão de 2018 traz uma novidade aos passeios turísticos no grande rio ibérico, uma viagem vínica a bordo de um trawler, uma embarcação de origem inglesa, datada de 1971, entretanto recuperada.
É no convés o Senhora do Carmo, como foi batizada a embarcação de origem britânica, que os participantes no cruzeiro poderão apreciar as quintas durienses. Trata-se de um cruzeiro de enoturismo, aliando a degustação de vinhos de diferentes produtores da região, a uma refeição ligeira.
O “Wine Boat não é apenas mais um barco a navegar no rio Douro” asseguram António Chaves e Rui Batista, tripulantes e sócios fundadores, a Rivus. “Este barco foi pensado para o enoturismo, desde o serviço a bordo de provas de vinho, passando pela cozinha para elaboração de harmonizações gourmet” .
O barco, com capacidade para 14 passageiro, estará atracado no cais do Ferrão e fará igualmente embarque/desembarque de turistas no cais do Távora.
Nossa Senhora do Carmo, nome da embarcação, é também uma das santas padroeiras dos navegantes. No séc XVII, quando o vinho do Porto era transportado rio abaixo nos barcos Rabelo, sob condições altamente desafiantes pela força da água e precária construção das embarcações, os navegantes construíram em sua honra uma capela numa das zonas mais perigosas do curso do rio. Ai atracavam para rezar e pedir proteção para a difícil viagem de transporte das pipas até à foz no Porto.
Recorde-se que, desde 1990 que a inauguração da via navegável do Douro abriu uma porta ao turismo, mais tarde consolidada com a classificação do Douro como Património Mundial da UNESCO.
Fonte: Sapo