Vinho faz bem só para os ricos?

Vinho faz bem só para os ricos?

Estudo publicado pela PLOS Medicine examinou mais profundamente a relação entre vinho e saúde através de uma visão socioeconômica. Os dados foram coletados com base na população na Noruega. Os pesquisadores analisaram os hábitos de consumo e o status socioeconômico de mais de 207.000 adultos de 1987 a 2003. Eles categorizaram os dados pela frequência de consumo de álcool, e criaram três classificações de posição socioeconômica: baixa, média ou alta. Em seguida, calcularam o risco de doença cardiovascular para cada grupo.

Os pesquisadores descobriram que o consumo moderado e frequente (beber álcool duas a três vezes por semana) foi associado a um risco menor de doença cardiovascular do que o consumo pouco frequente (definido neste estudo como menos de uma vez por mês). Esse benefício foi significativamente mais pronunciado entre aquelas pessoas com melhor condição social.

A análise também mostrou que o consumo muito frequente (quatro a sete vezes por semana) está associado a um maior risco de morte por doença cardiovascular, mas apenas entre os participantes com baixa posição socioeconômica. Aqueles nas categorias média e alta não apresentaram maior risco.

O estudo norueguês discute as diferenças de estilo de vida entre as classes socioeconômicas como uma possível explicação. Diz-se, por exemplo, que as pessoas de posição mais alta podem ser mais propensas a consumir o álcool durante a refeição, o que é considerado mais saudável do que beber sem a companhia de alimentos. Outras explicações comuns incluem mais conhecimento sobre vida saudável e acesso a melhores cuidados de saúde.

No entanto, o estudo revelou um fator de risco que não discriminava com base na renda. “O consumo compulsivo foi associado ao aumento do risco de doenças cardiovasculares em todos os grupos de posição socioeconômica. Portanto, independentemente da posição social, os bebedores compulsivos têm maior risco em comparação com aqueles que não bebem compulsivamente”, disse Eirik Degerud, pesquisador do Instituto Norueguês de Saúde Pública.

 

Fonte: Revista Adega

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