Imergir garrafas de vinhos e espumantes está se tornando uma prática cada vez mais comum.
Testes realizados por diversas empresas que envelhecem seus vinhos em caves submarinas, mostram que a bebida que permanece no fundo do oceano adquire novos aromas, sabores e complexidade.
Recentemente, a Miolo, tradicional vinícola do Vale dos Vinhedos, chegou à marca de 100 mil garrafas vendidas de seu espumante Miolo Cuvée Tradition Brut, no mercado exterior.
Para comemorar as vendas do produto mais exportado da empresa, o grupo decidiu realizar a imersão de um lote de 500 garrafas do espumante no mar da província de Bretagne, no Atlântico Norte, na França.
Com a ajuda de uma empresa francesa especializada em imersão de garrafas, foram criadas caves submarinas com as condições ideais para a estabilização e envelhecimento dos vinhos: escuridão, umidade e temperatura constante.
Adriano Miolo, superintendente da marca, conta que em testes laboratoriais e degustações, frequentemente realizados para o acompanhamento das mudanças causadas no espumante através da imersão, foram percebidos 10 vezes mais compostos moleculares do que os envelhecidos pelo método tradicional. Estes compostos são responsáveis pela formação de aromas e complexidade do vinho.
Com o feito, a Miolo tornou-se a primeira empresa brasileira a imergir seus espumantes em caves submarinas, seguindo a prática já adotada por algumas vinícolas norte-americanas (relembre a publicação sobre o vinho Aquaoir) e européias.
As garrafas do Miolo Cuvée Tradition Brut ficarão submersas até novembro de 2017, onde serão retiradas e comercializadas no Brasil e na França em uma edição especial.
O espumante é elaborado através do método tradicional (com a segunda fermentação na própria garrafa), com as uvas Pinot Noir e Chardonnay, no Vale dos Vinhedos, Rio Grande do Sul.
Fonte: Vida e vinho