Você provavelmente já ouviu falar sobre o vinho verde, e talvez já tenha provado esta modalidade de vinho.
Apesar de não ser o corte mais comum no Brasil, certamente é um vinho com tendência de agradar bastante o nosso paladar.
Então hoje o assunto do nosso artigo Enovírtua são os vinhos verdes, que de verde não tem nada, mas o sabor pode surpreender.
Mas afinal, o vinho é verde ou não?
Você provavelmente já ouviu falar do Champagne e dos espumantes – Os espumantes só podem ser chamados de Champagne se forem produzidos em uma região específica da França, que não por acaso é a região de Champagne.
Presenciamos a mesma situação quando falamos do original vinho verde.
Este tipo de vinho não tem a coloração verde como o seu nome acentua, e inclusive pode ter diversas colorações, provenientes de diferentes uvas que podem ser usadas em seu preparo, mas o que lhe confere o título de vinho verde é uma restrição regional de uma das províncias de Portugal.
Oficialmente, vinho verde só é produzido na região conhecida como Região Demarcada dos Vinhos Verdes, estabelecida desde 1908. É uma região que se estende por todo o noroeste de Portugal.
Esta região confere uma extensão de terra muito grande, o que obrigou a região à subdividir o território em 6 sub-regiões, até mesmo devido aos diferentes climas oferecidos nestas diversas localidades, que altera as características das uvas em cada localidade, mas ainda assim podendo batizar o seu vinho de vinho verde.
O título de vinho verde é aprovado pela Organização Mundial da Propriedade Industrial, tamanha a seriedade desta classificação.
E não se trata apenas da uva utilizada ou da sua localidade, mas o método produtivo também tem diferenças importantes.
Diferente de outros métodos produtivos, o vinho verde tem o contato com a madeira evitado, pois a madeira adiciona uma camada de profundidade ao vinho verde que transformaria o seu sabor em algo mais profundo e marcante.
O processo de vinificação é conduzido em cubas de inox, e os processos de maturação das uvas e armazenagem do vinho antes do engarrafamento são bastante breves, em comparação à cortes mais tradicionais.
Como é um vinho verde
Apesar de parecer um trocadilho, de fato os vinhos verdes são marcados pelo processo produtivo que os mantém por pouco tempo em maturação, então o nome de vinho verde também pode invocar o fato deste vinho ser considerado jovem.
Esse aspecto de jovialidade do processo breve de maturação faz com que o vinho verde tenha um sabor de acidez elevada e presença refrescante, muito recomendado para climas quentes.
Um vinho extremamente versátil para harmonizações, pois combina com diversos temas, desde os frutos do mar mais leves até os sabores mais intensos da carne de porco.
É um vinho cuja recomendação é de que seja consumido em no máximo 3 anos, e é um vinho relativamente barato, em comparação à tantos outros tipos.
É certamente um pedaço da tradição portuguesa que vale a pena provar.