Espumante nacional ou importado? Como decidir

Espumante nacional ou importado? Como decidir

O favorecimento dos nossos produtos brasileiros sempre lutou contra a tendência do brasileiro de apreciar produções estrangeiras.

Agora, quando falamos de espumantes, a melhor escolha está nos nacionais ou importados?

É isso que vamos discutir no nosso artigo Enovírtua de hoje, levantando os principais aspectos a serem avaliados na escolha de um espumante nacional ou importado.

Expertise produtiva

Quando falamos do nível de especialização dos espumantes, a competição com nomes estrangeiros fica um pouco desleal, pois é preciso considerar que na Europa, por exemplo, é que a cultura de produção desta bebida foi desenvolvida há séculos, sendo inclusive a proliferadora dos métodos produtivos.

Ainda assim, a nossa expertise também conta com a descendência dos imigrantes que formaram as iniciativas nacionais de produção de vinhos e espumantes.

No Brasil o nascimento dos espumantes aconteceu em 1915, tendo completado 100 anos há pouco tempo, mas o seu reconhecimento perante o mercado interno vem ganhando cada vez mais evidência.

O mercado brasileiro está no momento de começar a apreciar o produto nacional, dotado de rigorosos processos produtivos e um terroir bastante favorável para a produção.

Nomes de peso no mercado, como a Casa Valduga, Caverna Geisse, Miolo e vinícola Hermann tem ganho muita evidência com seus espumantes.

Critérios para uma boa escolha

Tendo em vista que os bons nomes estão com atividades crescentes no Brasil, alguns critérios mais técnicos e menos territoriais poderão favorecer a sua escolha.

Método de produção

A produção de espumantes segue basicamente duas formas de produção: o método Charmats ou o método Champenoise.

O método Charmats acontece através de uma segunda fermentação da bebida, armazenada em tanques de aço inoxidável.

Já com o método Champenoise, a fermentação acontece dentro da garrafa

Qualquer espumante de qualidade seguirá um destes dois métodos produtivos, ou em caso contrário, estaremos falando de uma bebida gaseificada de forma artificial, definitivamente não recomendado.

Maturação

Algo curioso sobre os espumantes é que, diferente dos vinhos, a recomendação é de que o seu consumo seja feito com a bebida jovem, garantindo o frescor e acidez das notas mais marcantes da bebida.

Açúcares

As bebidas espumantes têm diferentes classificações de doçura em sua composição, que começam com as bebidas Extra Bruts, com pouca incidência de açucares e um tom mais secoaté os Demi-Secs, considerados mais adocicados e agradáveis aos paladares destreinados.

Para os apreciadores, normalmente o Extra Brut é favorito, apesar de estarmos falando de gosto.

O veredicto

O principal neste processo de escolha é estar aberto a conhecer novos rótulos, e quem sabe um novo favorito possa entrar em seu podium pessoal.

Podemos ter o paladar acostumado com um rótulo importado e não dar o devido valor ao produto interno, bem como podemos estar abertos para nos surpreender com um novo sabor, que misture tradição e inovação.

A verdade sobre o mercado de vinhos e espumantes é que iniciativas produtivas incríveis têm surgido ao redor de todo o mundo, e precisamos estar abertos para nos livrarmos de preconceitos, especialmente quando falamos de produtos brasileiros.

E o mais importante sobre o espumante é que é uma bebida símbolo da comemoração, um ótimo motivo para celebrar.

Um brinde à isso.

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