Para muitas pessoas, “vinho do Porto” se tornou mais que o nome de uma bebida, mas um símbolo de sofisticação.
O fato é que este blend é um dos vinhos mais apreciados em todo o mundo, e não podemos fazer feio em sua aplicação, portanto a Enovírtua trouxe neste artigo um guia completo para acertar na escolha do vinho do porto.
O que é o Vinho fortificado?
Diferentemente da maioria dos outros vinhos, o termo “do Porto” não diz respeito à uma da qual o vinho é elaborado, mas sim à região em que ele foi criado, e ao seu processo de produção completamente diferente de outros vinhos.
O processo tradicional de produção de um vinho acontece com a fermentação das frutas, que faz com que todo o açúcar natural dos frutos se transforme em álcool.
Já no processo de produção do Vinho do Porto, o processo de fermentação é interrompido pela adição de outra bebida alcoólica, como o conhaque ou aguardente.
Este processo mantém parte dos açúcares dos frutos na bebida, ao mesmo tempo que eleva o teor alcoólico da bebida por conta da mistura.
O resultado é o que chamamos de vinho fortificado: uma bebida de sabor bastante intenso, teor alcoólico mais elevado e a doçura conservada dos frutos.
É justamente este fator de doçura que o torna um vinho extremamente fácil de ser aceito para qualquer paladar.
Combinações acertadas
Pelo seu sabor acentuado, os vinhos fortificados normalmente combinam com sabores que tenham personalidade, e não sejam muito carregados em sal.
Não coincidentemente, os pratos portugueses costumam ornar muito bem com este tipo de vinho, que vem sendo desenvolvido na região há milhares de anos.
Outro ótimo exemplo são os queijos azuis, roquefort e gorgonzola.
O chocolate amargo também é uma surpresa positiva quando harmonizado pelo vinho fortificado, que reduz bastante o nível de gordura do chocolate na boca.
Nem todo fortificado é apenas do Porto
Certamente o vinho do porto é uma das categorias mais conhecidas, mas existem tipos diferentes de vinhos do porto, e cada qual com suas diferentes características:
Tawny envelhecido: é um tipo de vinho fortificado de envelhecimento fracionado, parte em balseiros por 2 ou 3 anos, e depois para tonéis, onde contará com os aromas da madeira. Sua coloração é um vermelho claro, e pode passar por períodos de 10 à 40 anos de envelhecimento. Ótima opção para acompanhar sobremesas ou pratos com toques agridoce.
Ruby: É um vinho de sabor mais intenso, licoroso e adocicado, envelhecido apenas nos balseiros. Combina bem com sobremesas à base de frutas vermelhas.
Reserva: é o vinho elaborado com as frutas mais selecionadas e de melhor qualidade, mas resgata as características dos vinhos comuns, que não envelhecem na garrafa. Ótima combinação para sobremesas e queijos.
LBV: a sigla de Late Bottled Vintage, ou Vintage de engarrafamento tardio, provêm de uma mesma safra de uvas, e passam por 4 à 6 anos nos balseiros para envelhecimento. Com a cor vermelha intensa e sabor frutado, acompanham bem diversos queijos de sabor destacado.
Vintage: Considerados os melhores, estes foram elaborados com as safras de uva consideradas excepcionais, envelhecidos por apenas 2 anos nos bolseiros e depois engarrafados para seguir com sua maturação. Acompanham bem carnes de caça preparadas com condimentos e ervas.