Série: Vinícolas Brasileiras de A a Z | Parte 2

Série: Vinícolas Brasileiras de A a Z | Parte 2

Conheça os autores dos vinhos brasileiros que vêm surpreendendo o mundo todo

Por winesofbrasil.com

Hoje, a produção de vinhos finos no Brasil chega a 10.000 hectares de uvas Vitis vinifera, divididos principalmente entre seis regiões. São aproximadamente 150 vinícolas elaborando vinhos finos espalhadas pelo país. A indústria vitivinícola brasileira é formada ainda por cerca de outras 1.000 vinícolas, a maioria instalada em pequenas propriedades (média de 2 hectares por família), dedicando-se à produção de vinhos de mesa ou artesanais. Ao todo, entre variedades viníferas e comuns, a área coberta por vinhedos no país é de 89.000 hectares, em polos localizados de norte a sul. O país se consolidou como o quinto maior produtor da bebida no Hemisfério Sul e certamente é um dos mercados que cresce mais rapidamente no globo.

De D a L | Parte 2

Domno
Investindo naquilo que considera uma das principais vocações da Serra Gaúcha, o grupo Famiglia Valduga criou uma divisão para elaborar somente espumantes. Assim surgiu, em 2008, a Domno do Brasil. Focada em rótulos feitos pelo método Charmat, a empresa trabalha apenas com vinhedos próprios, uma maneira de garantir a qualidade de seus produtos. As borbulhas geradas a partir deste projeto, sempre em lotes limitados e com alto uso de tecnologia, vêm colecionando prêmios importantes, tanto no Brasil quanto no Exterior. Um sinal de que a aposta do empreendimento foi certeira.

Don Giovanni
Ao iniciar suas atividades em 1979, a Don Giovanni já carregava uma grande herança histórica. A vinícola foi montada na antiga propriedade de uma destilaria, que desde 1910 elaborava uma bebida à base de álcool vínico. A troca de administração provocou uma mudança radical na direção dos negócios, que voltaram-se a vinhos finos e espumantes. Não é apenas a tradição que colabora para a qualidade dos produtos da empresa. Tanto a cantina quanto seus 18 hectares de vinhedos próprios estão instalados no município de Pinto Bandeira, o segundo terroir do Brasil a conquistar a Indicação de Procedência (IP).

Don Guerino

Um detalhe na trajetória da Don Guerino evidencia a crença de que bons vinhos nascem de vinhedos de qualidade. Em vez de a história da vinícola começar pela construção de sua sede, ela tem início na implantação de parreirais na pequena cidade de Alto Feliz, na Serra Gaúcha. Foi só a partir dos bons resultados das primeiras safras que o empreendimento ganhou uma moderna cantina, onde são elaborados vinhos, espumantes e sucos. Reconhecidas variedades francesas compõem a base do catálogo da empresa, complementado por uvas italianas bastante instigantes.

Garibaldi
O peso de 80 anos de tradição e do envolvimento de 5 mil pessoas – entre associados, funcionários e familiares – na produção de uva e vinho não foi suficiente para frear a vinícola Garibaldi no caminho da modernização. É certo que, como cooperativa, a empresa está concentrada em atender as demandas de seus integrantes, mas o foco principal do trabalho é a qualidade de seus rótulos e a satisfação dos clientes. A profissionalização da gestão e a atualização tecnológica da cantina foram essenciais para que a Garibaldi completasse oito décadas com vitalidade plena. Em seu catálogo, destaque para o espumante Moscatel, um dos maiores exemplos de como o Brasil vem se destacando nessa categoria de produto.

Hermann

Vinhos de qualidade sempre foram o negócio da família Hermann. Dona de uma importadora de renome no mercado brasileiro, usou diferentes referências enológicas internacionais quando, em 2009, decidiu dar início ao projeto de elaborar seus próprios rótulos. Os vinhedos foram instalados na região da Serra do Sudeste, numa área com pouco mais de 21 hectares. A globalização não fica só no âmbito da inspiração para seus produtos. A vinícola conta com a consultoria de enólogos estrangeiros em sua cantina e vem colhendo prêmios em concursos no Brasil e no Exterior.

Laurentia
A Laurentia representa um interessante movimento na vitivinicultura brasileira: a descoberta de novos terroirs. Entre as regiões produtoras já consagradas, a que fica mais próxima à vinícola é a Serra Gaúcha. No entanto, sua localização exata, no município de Barra do Ribeiro, não pertence a nenhuma zona vinícola específica. Essa situação torna a empresa pioneira na elaboração de vinhos finos de qualidade na Região Metropolitana de Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul. Como se esse fato por si só não chamasse a atenção para o empreendimento, os vinhos que a Laurentia vem colocando no mercado desde 2005 surpreendem pela complexidade e pela força aromática, conquistando fãs no país todo.

Lidio Carraro
Trabalhar os vinhedos de forma a permitir que o terroir se expresse plenamente parece ter se tornado a especialidade da família Carraro. Essa é uma tarefa que eles desempenham com prazer em duas das mais promissoras regiões vinícolas brasileiras: a Serra Gaúcha, mais precisamente no Vale dos Vinhedos, e a Serra do Sudeste, no município de Encruzilhada do Sul. Mesmo sem empregar barricas de carvalho, a vinícola atinge grande complexidade e estrutura em seus vinhos premium. Além de surpreender, os resultados arrancam elogios em diferentes partes do mundo. Não é por coincidência que essa é uma das marcas de vinho brasileiro com maior presença no mercado internacional.

 

Fonte: BestWine

 

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